Relançados pela editora Aleph no Brasil desde 2014, as edições brasileiras dos livros de universo expandido e spin-off de Star Wars ganharam por aqui capas novas, com ilustrações produzidas especialmente para as edições brasileiras por diversos artistas, como Marc Simonetti, Chris McGrath, Dave Palumbo e o estúdio
Two Dots (responsável pela arte de capa de jogos como
Assassins's Creed e
FarCry, e que já havia produzido a ilustração para a capa da novelização de Alien), .
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Arte original criada pelo estúdio Two Dots (clique para ampliar) |
Com a venda de Star Wars para a Disney, todo o antigo universo expandido de jogos e livros envolvendo a série de filmes deixou de ser considerado para fins de cronologia. Mas algumas obras se tornaram tão populares que não poderiam simplesmente ser ignoradas, e assim passaram a ser classificadas sobre o selo
Legends, que abraça o universo expandido pré-Disney.
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Comparação entre a edição americana (esquerda) e brasileira (direita) de Herdeiro do Jedi, de Kevin Hearne |
Sob essse selo, inclui-se títulos como os livros da
Trilogia Thrawn, de Timothy Zahn (que ganhou arte de Marc Simonetti), ou
Sombras do Império, de Steve Perry (arte de Mark Molnar), enquanto que os livros novos como
Herdeiros do Jedi (Two Dots
) não possuem o selo, indicando que fazem parte da nova cronologia.
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Arte das edições brasileiras da Trilogia Thrawn, feitas por Marc Simonetti (na parte superior). com as capas americanas (na parte inferior) (clique para ampliar). |
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Arte de Marc Simonetti para o box com da trilogia, pela Aleph. |
A qualidade das ilustrações das capas brasileiras produzidas pela Aleph impressionaram até os autores das edições originais. Troy Dennings, autor de Provação, a considerou como "talvez a melhor capa que já tive num livro meu". Já Kevin Hearne, autor de
Herdeiros do Jedi, teve uma reação um pouco mais histérica:
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Artes de Mark Molnar (Sombras do Império), Chris McGrath (Kenobi) e Dave Palumbo (Han Solo) para as edições brasileiras, em comparação com as edições originais americanas (embaixo). Clique para ampliar. |
A diagramação interna também ganhou um novo tratamento, no trabalho de Guilherme Xavier, do estúdio Desenho Editorial, que criou páginas de abertura que emulam a transição cinematográfica dos filmes. Segund o próprio, "tanto os abres de capítulo quando a abertura do livro são dois pontos essenciais para comunicar ao leitor a identidade que você quer passar, Tentamos nos livros de STAR WARS alinhar o design ao texto e passar o sentimento de você estar naquele universo. Tanto a abertura com a explosão quando o destróier calmamente no espaço passa aos leitores esse sentimento, remetendo inclusive a trilha sonora do John Williams".
Abaixo, a "sequência de abertura" de
Herdeiros do Império.
"Foi uma forma de aliar também um produto aparentemente mais luxuoso com um custo baixo de produção", diz Xavier. "Tivemos essa ideia das duplas com o trecho inicial do capítulo para os livros do Timothy Zahn porque seus primeiro parágrafos eram sempre incríveis e faziam com que o leitor quisesse ler mais".
Abaixo, as páginas de abertura de
Provação.
"Para os livros seguintes acabamos adaptando essa identidade do miolo para que dialogasse com cada um, seja as ilustrações, a necessidade de aberturas diferenciadas e mesmo o fundo da 'explosão'."
Guilherme Xavier é diretor de arte há mais de 15 anos, fundou o estúdio
Desenho Editorial em 2006 e desde então desenvolve capas e projetos gráficos para editoras.
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