quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Quero ser Reginaldo Pujol Filho


Quero ser Reginaldo Pujol Filho
Autor: Reginaldo Pujol Filho
Design: Samir Machado de Machado
Editora: Não Editora
Fonte: Rockwell

Próximo lançamento da Não Editora, em 15 de dezembro, Quero ser Reginaldo Pujol Filho, escrito pelo próprio, é uma coletânea de contos cuja unidade temática pode ser considerada a da busca do autor por sua identidade artística, assumindo abertamente as influências que o formaram como escritor. Em contos como Quero ser Cervantes, Quero ser Gonçalo Tavares, Quero ser Ítalo Calvino ou Quero ser Luis Fernando Veríssimo, pra citar alguns, o autor se vale de temas e característias artísticas daqueles que o influenciaram artisticamente, para construir sua própria linguagem.

O tema da busca por identidade direcionou a criação da capa, e surgiu essa idéia inspirada no Son of Man do Magritte, com uma estrutura em mise-en-abyme, e o pedido do autor de ter uma paleta de cores que remetesse à cinema argentino. A fotografia coube novamente ao Frederico Cabral, que já havia colaborado conosco na capa de A sordidez das pequenas coisas, e foi produzida em frente ao prédio do Santander Cultural, no centro da cidade, pela textura da parede. Foram produzidas fotos com o modelo em três variações de figurinos distintas, em três ângulos diferentes (de frente, de lado, e de costas).


Claro que, até acertarmos o tom, foram produzidas tantas variações quanto capas dentro da capa, e aqui coloquei só algumas delas. Ainda que nossa opção favorita fosse a sexta, optamos por utilizar a versão que amplia mais o box branco sobre a foto (apelidada carinhosamente por mim de "layout caixa de software"). A pedido do autor, o projeto gráfico desse livro seguiu numa linha mais minimalista, mas coube ao Guilherme Smee (a versão com o post-it pregado no rosto era dele) definir a fonte do título, Rockwell, escolhida por ele pela combinação ao mesmo tempo moderna e retrô.

8 comentários:

Diego Giesen disse...

Samir,

mais uma bela capa. quando recebi o convite do Reginaldo para o lançamento achei a capa com esse efeito Droste muito legal e pertinente com o título.

parabéns!

Samir Machado disse...

Oi Diego,

Poisé, foi um daqueles casos em que uma idéia pareceu tão adequada pro contexto, que quando ficou pronta não dava pra imaginar de outra forma, ehehe.

E obrigado pelos elogios. Adoro elogios.

Marcelo Martinez disse...

Linda capa (e a sexta era mesmo genial!)
abs,

Manoel Henrique Junior disse...

Porra, muito legal. Parabéns.

Victória Piffero disse...

Oi Samir, congrats! Muito legal teu trabalho. Vi o blog na norte... Acho que conheces minha irmã Luiza. Sou designer também e comecei agora em uma editora :)

Anônimo disse...

poxa, as capas da Não são maravilhosas.
a capa do "areia nos dentes" pela Rocco é incrivelmente menos interessante do que a capa pela Não. a primeira capa era muito bonita.
vocês conseguem fazer a coisa chamativa sem fazer concessões. parece-me que a única concessão que vocês fazem é em relação à beleza. a ela, vejo vocês dobrarem-se sempre.
=]

Anônimo disse...

eita, acabei de ver que você também criou a nova capa hahaua.
mas, mantenho o que disse: a primeira era mais bonita.
e, como você falou, "quem manda, afinal, é o editor". e na segunda capa você não estava nessa situação, não teve a mesma independência de quando fez a primeira.

Samir Machado disse...

Oi nilton.

Gosto de ambas, e acada uma responde a um posicionamento editorial diferente, ainda que a obra seja a mesma.

Só pode dizer que, em ambos os casos, minhas favoritas não foram as escolhidas, ehehe, mas gosto do resultado de ambas.

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