quinta-feira, 2 de julho de 2015

Agatha Christie (Nova Fronteira)

Design por Maquinária Studio






(clique nas imagens para ampliar)

Autora: Agatha Christie
Designer: Maquinária Studio
Editora: Nova Fronteira
Ano: 2014-2015

Desde o ano passado, após uma reformulação recente no espólio da autora, os direitos para os livros de Agatha Christie em português foram reordenados, o que motivou uma nova (e empolgante) abordagem gráfica para os livros da dita "rainha do crime". Em fevereiro publiquei um post sobre a reformulação do projeto gráfico dos livros de Agatha Christie pela Globo Livros. Agora dou seguimento com o projeto gráfico e as capas dos livros editados pela Nova Fronteira, e criados pela Maquinária Studio. Com a palavra, a editora responsável, Renata Sturm, da Ediouro (do qual a Nova Fronteira faz parte).

"Nosso primeiro objetivo com o novo projeto gráfico para Agatha Christie era de reapresentá-la com um um jeito mais pop. A autora é um clássico do policial e suspense, mas existe uma nova geração que nunca leu a Rainha do Crime ou está descobrindo essa incrível autora só agora porque autores atuais citam Agatha como sua principal referência. A Nova Fronteira tem mais de 70 obras da autora no catálogo, nos sentimos na obrigação de trazê-la à tona novamente da maneira que ela merece. E o projeto gráfico teve papel essencial nesse processo."

Arte aberta de Os Elefantes não Esquecem
Sobre o processo criativo, Renata explica que todos os livros da editora são pautados com o designer por meio de um formulário, com informações sobre o livro, a autora, objetivos, público, referências etc. "Mas no caso desse projeto, nos reunimos e trocamos ideias com os designers durante todo o processo que levou meses. No caso da Maquinaria, por ser um estúdio com vários profissionais com diferentes perfis, é o próprio estúdio que determina qual é o designer responsável por cada projeto, baseado no perfil do briefing".

Frente e verso de Um Corpo na Biblioteca
Sobre o público alvo, Renata aponta o foco em dois públicos específicos: o dos jovens entre 25 e 35 anos, considerados os novos leitores da autora (no facebook, os seguidores da autora são cerca de 1,4 milhões no mundo, boa parte deles brasileiros nessa faixa etária).

Frente e verso de Assassinato no Expresso do Oriente
O segundo grupo é o dos fãs antigos de Agatha Christie, com idades entre 50 e 60 anos, sem restrição de gênero, e que gostariam de ter uma versão especial da autora, colecionável, na sua biblioteca. "Afinal, por muitos anos, Agatha Christie foi publicada como uma versão de banca, mais acessível e brochura", lembra Renata, "e nem todo fã guardou essas edições na sua biblioteca".

Arte do primeiro box da série
"O acabamento luxuoso, capa dura, tem um apelo direto com quem já é fã da autora", explica. "Neste momento, os boxes (veja imagem abaixo) se tornam objeto de desejo e ganham espaço especial na biblioteca do leitor.

"Já para o público mais jovem, o uso das cores, ilustração exclusiva (cada capa possui um mistério relacionado ao conteúdo do livro), além do preço matador, fazem com que os livros e boxes causem um impacto no ponto de venda. Eu mesma vivenciei jovens interagindo com os livros, descobrindo seus mistérios, no ponto de venda (livrarias) e também na Bienal do Livro, onde vendemos muitos boxes para jovens entre 15 e 18 anos."

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