sexta-feira, 2 de outubro de 2015

BFI Film Classics (3)

A série de monografias editadas pelo British Film Institute sobre clássicos do cinema ganha uma nova leva, agora focada em filmes clássicos de ficção científica.


A Guerra dos Mundos (1953), de Byron Hoskins, por Barry Forshaw.
Capa de Graham Humpreys. Ilustração pintada com tinta guache sobre aquarela. Segundo o designer, "há uma certa imprevisibilidade nas marcas e texturas, como se fosse a pigmentação da pele de um alienígena. Eu quis colocar uma luz verde sobre os humanos, por ser a cor padrão de alienígenas e eu queria que os humanos parecessem alienígenas aqui. Mantive cores primárias para emular as cores do Technicolor".


Dr. Fantástico, ou Como parei de me preocupar e passei a amar a bomba (1964), de Stanley Kubrick, por Peter Kramer.
Capa por Marian Batnjes. "É a insanidade da guerra fria desnudada na sua simplificidade absoluta. Bombas apontando umas para as outras como motivo principal, na loucura espiral da guerra total. Comecei num esboço a caneta, e a ilustração foi criada no Illustrator".


Solaris (1972), de Andrey Tarkovsky, por Mark Bould
Capa de Matt Shlian. "Eu queria uma peça que refletisse a superfície do planeta, algo inquieto e ondulante, com uma ponta de tensão. A peça foi criada por computador e montada com papel".


Uma Sepultura na Eternidade (1967), de Roy Ward Baker, por Kim Newman.
Capa por Nathanael Marsh. "Usei a janela vitral para recontar os eventos do filme como se fossem um registro antigo e folclórico, o que conecta com os temas religiosos do filme. Foi criado de modo inteiramente digital, usando um tablet para o rascunho geral e completando com Photoshop e Illustrator. Gosto do modo com a perspectiva se distorce como numa lente panorâmica, usei este conceito para encaixar todos os elementos dentro de círculos radiais".


Akira (1988), de Katsuhiro Otomo, por Michelle Le Blanc e Colin Odell.
Capa por Samanta Holmlund."Comparada com as outras animações de sua época, Akira tinha angulos e movimentos mais dinâmicos e cores mais fortes. No meu design, busquei essa técnica para capturar o clima do filme. Para criar a arte fiz os esboços no Photoshop e então usei diversas texturas para dar uma aparência mais orgânica à arte final".


Alien, o 8º passageiro (1979), de Ridley Scott, por Roger Luckhurst,
Capa por Marta Lech. "A imagem simples e escura lembra um fantasma misterioso flutuando sobre o horizonte, mas também a foto em raio-X de um organismo sujeito à um exame científico. Usei a técnica de pintar com pigmento branco sobre papel escuro. Camadas transparentes e sobrepostas de tinta formam um padrão complexo de traçados suaves e sugerem um contexto alienígena, perfeito para ilustrar as características orgânicas e futuristas do design de H. R. Giger".


Brazil, o filme (1985), de Terry Gilliam, por Paul McAuley.
Capa por Peter Strain. "Minha idéia se baseia nas primeiras cenas de sonho de Sam, onde os prédios brotam e destroem a paisagem natural, contudo, escolhi usar gabinetes ao invés de edifícios, para retratar o tema de ordem e controle, que pode desumanizar o mundo. Fiz os esboços iniciais com lápis e então desenhei cada segmento individualmente. Então escaneei no Photoshop, onde adicionei cor e algumas sugestões de textura".


Corrida Silenciosa (1971), de Douglas Trumbull, por Mark Kermode.
Capa por Olly Moss.


Brilho eterno de uma mente sem lembranças (2004) de Michel Gondry, por Andrew M. Butler.
Capa por Patrícia Derks. "Eu coleciono imagens e as traduzo para meu próprio estilo usando as cores de uma forma inusitada. A capa usa meu estilo habitual e se baseia no visual da personagem de Kate Winslet, Clementine. Minha arte é o resultado de horas de pesquisa, quando então pego meus pincéis, e as obras são pintadas rapidamente com meu meio favorito, tinta a óleo, e sempre contém um elemento de surpresa".

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