sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Parece mas não é


"Oi, estou procurando um livro, não sei o título, mas é de história do Brasil, com capa branca  e letra verde, o número do ano na capa..." - diálogo hipotético a ser escutado na véspera de aniversários e amigos secretos futuros



Eu teria aconselhado o editor que, se era para fazer o livro parecer parte da série de livros históricos do Laurentino Gomes, então seria melhor fazer parecer um quarto livro da série, e não confundi-lo com o já existente (visto que 1808, 1822 e 1889 alternam as cores nas capas).

Mas para começo de conversa, teria aconselhado o editor a fazer o livro parecer algo por si só, e não derivado de outros. O problema inerente com todos esses livros que se vendem apegados à imagem de outro, como as capas imitando Crepúsculo, 50 Tons de Cinza, ou qualquer outra coleção em voga no momento, é que copiá-las invariavelmente posiciona o livro como sub-alguma-coisa. Talvez seja até bom do ponto de vista comercial, certamente vende bastante por engano, como aqueles filmes nas locadoras com nomes muito similares ao de grandes lançamentos, feitos para enganar os velhinhos que ainda frequentam locadoras de filmes, mas do ponto de vista do autor, não vejo quem queira ter sua obra ser posicionada como algo derivado de outra. E o livro pode até ter seus méritos próprios, vá saber.

2 comentários:

Elmo disse...

Nossa!

Andre Ganzelevitch disse...

Lamentável. Cerveja "Prohibida" imita as cores da Brahma. Até aí, vá lá. Mas imitação de capa como se fosse rótulo é um chute na inteligência dos leitores (pra não mencionar outro lugar).

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